Cérebro da física
Está
em exposição uma porção do cérebro de Einstein, no centro de exposições Wellcome Collection, em Londres. “Cérebro: a
mente como matéria”, é o nome em cartaz de uma mostra que pretende representar o que os seres humanos alcançaram, com as suas massas encefálicas, em nome da ciência, medicina, arte e tecnologia.
O
cérebro de Albert Einstein pesava cerca de 1230 gramas, abaixo da
média do sexo masculino e, há precisamente 57 anos, aquando a sua
morte, o seu volume estava também abaixo da média.
Morreu a 18 de
Abril de 1955, aos 76 anos, enquanto dormia. A causa da morte, um
aneurisma.
Após
ter formulado a Teoria da Relatividade, este físico alemão
tornou-se no mais famoso dos cientistas a nível da cultura popular,
e no sinónimo de génio para qualquer cidadão comum, não fosse o
seu Q.I. nada mais, nada menos que 160 pontos.
Recentemente
foi descoberto que Einstein afinal não estava errado quanto à expansão do
Universo.
Um
estudo realizado pela Universidade de Portsmouth, Inglaterra, e o
Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, da Alemanha, ressalta
a exactidão dos cálculos do físico na explicação da expansão
do Universo. Einstein acertou até na constante cosmológica,
uma força que atuaria no universo e que o físico acrescentou à
Teoria da Relatividade Geral, mas depois se arrependeu e chamou de o seu "maior erro".
A
teoria da relatividade, que a grosso modo refuta a independência dos
conceitos espaço e tempo proposta por Isaac Newton e defende a ideia
de espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada, prediz
a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem
e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo
provavelmente cresce.
Juntamente
com a constante cosmológica, fracção da sua pesquisa que Einstein achava que estava errada, esta teoria ajuda a explicar a expansão
do universo.
Estes
resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, em entrevista
ao jornal Terra, "a melhor medição da distância
intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão
mais perto que no passado de compreender por que a expansão do
Universo está se acelerando" e, segundo os especialistas,
“ajudará os
cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso
processo e por que ele acontece”.
Os
cálculos de Einstein e a confirmação por parte deste estudo também
iluminam outro mistéro da física: a energia esura ou do vácuo
aquela
que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser
detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode
ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria
visível, tais como as estrelas e as galáxias.
“A
energia escura é hipotética, mas, caso realmente exista, explicaria
por que a expansão do universo está acelerando, um dos grandes
mistérios da astronomia.”, cita o jornal Terra. Calcula-se que a
matéria escura represente cerca de 20% do Universo. “Os resultados
não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja
simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis
da gravidade” acrescentou Rita.
No
aniversário da sua morte, mesmo após a perda de um grande cérebro da física, estamos cada vez mais perto de perceber o
Universo.
Ana Ernesto
Sem comentários:
Enviar um comentário