quarta-feira, 18 de abril de 2012


Cérebro da física

Está em exposição uma porção do cérebro de Einstein, no centro de exposições Wellcome Collection, em Londres. “Cérebro: a mente como matéria”,  é o nome em cartaz de uma mostra que pretende representar o que os seres humanos alcançaram, com as suas massas encefálicas, em nome da ciência, medicina, arte e tecnologia.

O cérebro de Albert Einstein pesava cerca de 1230 gramas, abaixo da média do sexo masculino e, há precisamente 57 anos, aquando a sua morte, o seu volume estava também abaixo da média. 
Morreu a 18 de Abril de 1955, aos 76 anos, enquanto dormia. A causa da morte, um aneurisma.

Após ter formulado a Teoria da Relatividade, este físico alemão tornou-se no mais famoso dos cientistas a nível da cultura popular, e no sinónimo de génio para qualquer cidadão comum, não fosse o seu Q.I. nada mais, nada menos que 160 pontos.

Recentemente foi descoberto que Einstein afinal não estava errado quanto à expansão do Universo.
Um estudo realizado pela Universidade de Portsmouth, Inglaterra, e o Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, da Alemanha, ressalta a exactidão dos cálculos do físico na explicação da expansão do Universo. Einstein acertou até na constante cosmológica, uma força que atuaria no universo e que o físico acrescentou à Teoria da Relatividade Geral, mas depois se arrependeu e chamou de o seu "maior erro".

A teoria da relatividade, que a grosso modo refuta a independência dos conceitos espaço e tempo proposta por Isaac Newton e defende a ideia de espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada, prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo provavelmente cresce.

Juntamente com a constante cosmológica, fracção da sua pesquisa que Einstein achava que estava errada,  esta teoria ajuda a explicar a expansão do universo.
Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, em entrevista ao jornal Terra, "a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando" e, segundo os especialistas, “ajudará os cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece”.

Os cálculos de Einstein e a confirmação por parte deste estudo também iluminam outro mistéro da física: a energia esura ou do vácuo aquela que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as galáxias.

A energia escura é hipotética, mas, caso realmente exista, explicaria por que a expansão do universo está acelerando, um dos grandes mistérios da astronomia.”, cita o jornal Terra. Calcula-se que a matéria escura represente cerca de 20% do Universo. “Os resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da gravidade” acrescentou Rita.


No aniversário da sua morte, mesmo após a perda de um grande cérebro da física, estamos cada vez mais perto de perceber o Universo. 


Ana Ernesto

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