O Teatro Nacional foi
inaugurado a 13 de Abril de 1846 a propósito das comemorações do 27º
aniversário de D. Maria II (1819-1853), passando por isso a ter o seu nome na
designação oficial.
Inicialmente, o D. Maria II era gerido por sociedades de
artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. Em Março de 2004, foi
transformado numa sociedade anónima de capitais públicos, passando a ser gerido
por uma administração própria e a ser sujeito à pertinência e tutela dos Ministérios
das Finanças e da Cultura. Já em 2007, este teatro foi integrado no sector
empresarial do Estado.
Devido à actual conjuntura de crise
financeiro-económica, o Ministério da Cultura tem
sido alvo de significativos cortes orçamentais, que comprometem a manutenção
duma programação variada e de qualidade nos teatros portugueses. Os cortes previstos para 2012 para o
Teatro Nacional D. Maria II, contra os quais Diogo Infante se colocava, levaram
à sua demissão do cargo de director artístico, o qual o actor ocupava há três
anos.
No Dia Mundial do Teatro, celebrado a
27 de Março, o Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espectáculo e do
Audiovisual (CENA) convocou uma concentração, em frente à Assembleia da República,
contra o anúncio feito pelo Governo do "corte de 100 por cento nos apoios
anuais e pontuais
que a Direcção Geral das Artes dava às estruturas artísticas”. O CENA afirmou ainda, em comunicado, que naquele dia dedicado ao teatro não
haveria, “em Portugal, grande lugar a festejos".
Flávia Brito