sexta-feira, 20 de abril de 2012

Memórias de Terror


Memórias de terror

13 anos depois de um dos maiores massacres de sempre, a vida no liceu Columbine continua.

Amanheceu no Colorado, Estados Unidos da América. Uma manhã que parecia igual a tantas outras acabou por se transformar numa dos piores carnificinas a que o mundo já assistiu. O dia 20 de Abril de 1999 ficou marcado para sempre na história como o dia do Massacre de Columbine.
Dois estudantes, Eric Harris de 18 anos e Dylan Klebold de 17 anos, entraram na escola armados e puseram fim à vida de 13 pessoas, 12 estudantes e um professor. Para além dos mortos, fizeram ainda 21 feridos durante o ataque e as marcas psicológicas deixadas pelo massacre persistem na memória de todos os que estavam presentes e que por algum motivo sobreviveram.
Eram 11:10 da manhã quando os dois jovens entraram na escola. Por volta do meio-dia, e pouco antes da entrada das autoridades, já os estudantes se haviam suicidado, tendo, no entanto, deixado 34 vítimas para trás e um recado: “Não culpem ninguém pelos nossos actos. É desta forma que queremos partir”. Em pouco mais de 40 minutos Eric e Dylan espalharam o terror pela escola, deixando explosivos por todo o lado e atirando em toda a gente que aparecia.
A história de Cassie Bernall comoveu o mundo e deu origem a várias músicas e a um livro. A coragem de uma jovem com apenas 17 que foi brava o suficiente para à pergunta “Acreditas em Deus?”, e mesmo sabendo que a resposta afirmativa a condenaria à morte, anuir “Sim, eu acredito”, emocionou e continua a emocionar todos os que tomam conhecimento desta história. Apesar de a polícia ter negado o episódio e de mais tarde este ter sido atribuído a outra jovem, Cassie, a rapariga que disse “sim”, foi e será sempre um símbolo de fé e fidelidade perante os seus ideais.
Neste momento a pergunta impõe-se: e se em Portugal, numa manhã como tantas outras, acontecesse o mesmo? E se em Portugal, numa escola repleta de crianças e jovens entrassem dois estudantes com metralhadoras e caçadeiras em punho e desatassem a abater todos os alvos à sua frente? Estaria Portugal preparado para tal violência? Estaria a polícia nacional preparada para actuar com a brevidade exigida?
Nos últimos anos o número de ocorrências deste tipo de massacres tem vindo a aumentar. Só na primeira década do século XXI contamos já com um massacre por ano. A grande maioria teve lugar nos Estados Unidos da América, no entanto, por toda a Europa e Médio Oriente temos exemplos destes episódios, que chocaram e continuarão a chocar a opinião pública.
Hoje em dia “Columbine High School” é uma escola com profundas marcas. Na parede ficaram os nomes dos estudantes que partiram, na memória a imagem dos amigos, familiares e entes queridos que viram a sua vida ceifada demasiado cedo. 


Joana Silva

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