sábado, 5 de maio de 2012


Karl Marx no Pingo Doce




A promoção de 50% de desconto do Pingo Doce no 1.º de Maio rendeu 11 milhões de euros, segundo o jornal i. O primeiro dia destes descontos ainda está a ser discutido entre sindicatos, associações de consumo e políticos. As declarações dos responsáveis da Jerónimo Martins são de admiração pela adesão inesperada da população.
Esta imagem tem percorrido a Internet nos últimos dias, de forma a ironizar aquilo que aconteceu no dia 1 de Maio. 

Há dois dias, a politóloga Marina Costa Lobo disse, no Jornal de Negócios, que não houve hesitações por parte do portugueses em manifestar-se ou em ir à compras, “o Pingo Doce roubou o 1.º de Maio à esquerda”.

Foram várias as intervenções policiais em diversas lojas Pingo Doce. Há relatos de alugueres de carros de compras ou de utilização de carrinhos de outras entidades comerciais, por exemplo. Este 1.º de Maio foi marcado também pela diferença da abertura dos telejornais, e também pelas capas dos jornais do dia seguinte: tudo apontou para o fenómeno do desconto de 50% no Pingo Doce, de uma forma geral.

Há dois meses, Michael Marmot, professor catedrático em Epidemiologia e Saúde Pública e director do Instituto Internacional para a Sociedade e Saúde na University College de Londres, veio a Portugal e afirmou que há “grandes desigualdades entre as pessoas, dentro dos países” .

O caso do Pingo Doce mostra, segundo Luís Leiria, jornalista no esquerda.net, “uma provocação motivada por interesses de classe”, a Jerónimo Martins “não se ralou nada de perder algum dinheiro (para eles não é perda, é investimento) para destruir uma conquista dos trabalhadores: o direito de não trabalharem, e de receberem o dia, no feriado do 1º de Maio, o dia internacional dos trabalhadores”.

Karl Marx
O pai da ideia das lutas de classes, Karl Marx, celebraria hoje o seu 194º aniversário, se fosse vivo. A sua ideologia permanece até à actualidade quase intacta, pois são vários os críticos e cronistas que, depois deste 1.º de Maio, apontam uma questão de conflito entre classes. 

Henrique Raposo, há dois dias, dizia no Expresso, evocando a “lição do mestre” (Marx), que a “moralidade marxista permite ao esquerdista dizer uma coisa e o seu contrário sem perda de legitimidade”, e, ao fim de contas, “faça o que fizer, o Pingo Doce é desumano. A presunção de superioridade moral dos santos progressistas assim o exige”.


Diogo da Cunha



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nasceu uma estrela


Nasceu uma estrela

Hoje é dia 4 de Maio de 2011! Há precisamente 83 anos nascia uma das mais brilhantes actrizes que o grande público jamais vira.

Audrey Hepburn marcou uma época. Foi das mulheres mais premiadas na sétima arte e talvez por isso se tenha tornado tão inesquecível para uma geração que viveu, que se encantou, e que se apaixonou pela actriz belga.
Mais do que relembrar uma actriz, importa relembrar todo um género cinematográfico. Refiro-me aos musicais: os grandes musicais que continuam a ser recordes de bilheteira; os grandes musicais que com a música preenchem um vazio; os musicais que deixaram marcas num século de guerras e catástrofes; os musicais que foram, são e continuarão a ser eternos.
Quem não se lembra de Julie Andrews e das crianças “Von Trapp” nas montanhas verdejantes da Baviera a cantar Do Ré Mi? É impossível deixarmos para trás "Eliza" de My Fair Lady, a pobre vendedora de flores londrina que no espaço de seis meses passa a ser uma dama da alta sociedade que apenas queria dançar toda a noite (I could have danced all nigtht). Quando pensamos em musicais vem-nos automaticamente à cabeça "Don" e "Lina" acompanhados da sua Serenata à Chuva (Singin’ in the rain).
Na década de 70 Olivia Newton John e John Travolta trouxeram-nos o êxito de bilheteira Grease. “Summer Nights” e “You are the one that I want” andaram na boca de meio mundo e influenciaram dezenas de teenagers. Foi ao som de “Aquarius” que, em 1979, surgiu Hair, uma adaptação do teatro musical com o mesmo nome. Desde Dirty Dancing à série televisiva e filme Fame; desde Footloose a Flashdance. Os anos 80 contaram com a presença de filmes musicais, grandes sucessos de bilheteira, que surpreenderam e apaixonaram os jovens de toda a parte.
Eu nasci na década de 90. Cresci a ver musicais bem mais antigos do que eu. A vivacidade, a alegria, o movimento, a agitação, conseguiam sempre prender-me ao ecrã; conseguiam sempre transformar os monótonos diálogos, em que por vezes eu adormecia, em histórias encantadas com príncipes e princesas e com finais felizes. Lembro-me de tentar imitar a freira "Maria" e de ensinar os meus bonecos a cantar; recordo-me de querer ter poderes mágicos como a "Mary Poppins"; tentava dançar tão bem quanto a "Alex" de Flashdance, mas sem sucesso, essa nunca foi a minha praia.
Os anos passaram, os clássicos ficaram. Com o século XXI e com a minha adolescência chegaram as DreamGirls, o High School Musical e o Mamma Mia. Ainda hoje guardo as canções e os passos de dança na memória. O Moulin Rouge e a Nicole Kidman fizeram-me derramar lágrimas infinitas por uma história que não é minha. Catherine Zeta Jones e Richard Gere provocaram-me sentidas gargalhadas com Chicago.
Se me perguntarem se os musicais de hoje são tão bons como os grandes clássicos, eu fico automaticamente sem resposta. Julie Andrews deixou-se dos filmes musicais, Audrey Hepburn partiu demasiado cedo. Olivia Newton John não mais voltou ao cinema e John Travolta dedicou-se a filmes de acção. Continuo e continuarei a pagar por um bom filme musical, mas será que no futuro eles existirão?
Há uma tendência cada vez maior para que este género se perca. Aqueles filmes que outrora me fizeram vibrar ficaram no passado. No presente resta-me esperar que os musicais apareçam e talvez um dia, talvez no dia em que surgir uma outra Audrey Hepburn, talvez no dia em que um novo leque de actores, com capacidades excepcionais de cantar, dançar, representar, apareça, eu volte a ficar hipnotizada em frente ao televisor tal como outrora me acontecera e nesse dia direi: “Eu hoje estou satisfeita, porque eu hoje vi um bom musical”.
No dia 4 de Maio de 1929 nasceu uma estrela que viria a desempenhar grandes papéis nos mais importantes filmes de sempre. A estrela apagou-se demasiado cedo, com apenas 64 anos. A estrela continuará a brilhar na memória de todos.

Viva Audrey Hepburn, viva o cinema, e viva os musicais!



Joana Silva

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Desenhos de Da Vinci expostos mostram o interesse do artista pela anatomia



Está em exposição no Queen's Gallery de Londres uma colecção de desenhos de Leonardo Da Vinci, alguns deles nunca antes vistos pelo público. As peças, que estão expostas perto do Palácio de Buckingham, demonstram o contínuo interesse do artista pela anatomia ao longo da sua vida.

Com desenhos bastante detalhados de órgãos como o cérebro e o coração ou a estrutura músculo-esquelético das mãos e dos pés, a exposição, que faz parte da celebração dos 60 anos de trono de Elizabeth II, está aberta ao público até dia 7 de Outubro.

A partir destes desenhos, podemos compreender que também era tão bom como cientista como artista", declarou Martin Clayton, curador da exposição, à Agência Efe.Segundo ele, estes são os desenhos “mais detalhados e precisos” de todo o renascimento.


O que muitos não sabiam é que estas peças são o resultado de muita pesquisa, mais especficamente autópsias humanas e de animais, realizadas por Da Vinci na Faculdade de Medicina da Universidade de Pavia (Itália).
"Se os resultados destes estudos tivessem sido publicados, teriam se transformado no trabalho mais influente da história sobre o corpo humano. Alguns de seus descobrimentos defendem teses que foram confirmadas centenas de anos depois de sua elaboração", ressaltou Clayton.

Da Vinci deixou cinco mil páginas de manuscritos sobre vários temas.
Assume-se que Leonardo registrava todas as suas observações e experiências nos seus cadernos, desde pensamentos, a dívidas, fábulas, poesias, e teorias cientificas, projetos de máquinas, e observações de fenômenos naturais. E tudo isto com ilustrações. Acreditava que uma imagem pode valer por mais de mil palavras, tal como demonstra uma das suas mais famosas citações: “Quanto mais detalhada a descrição de um objeto, mais você confundirá a mente do leitor e mais afastará da coisa descrita. É necessário, portanto, representar e descrever”.

Como não podia deixar de ser, nesta mostra destaca-se a figura O feto no útero(1512), que faz o retrato de um ser humano no útero, numa alturam em que uma ecografia da gravidez era praticamente impensável.



    No 493º aniversário da sua morte, relembramos Leonardo da Vinci como o cientista, o engenheiro, o matemático, o anatomista, o inventor, o escultor, o pintor, o botânico, o arquiteto e o músico. A sua ligação ao desenvolvimento da aviação e da balística também não foi esquecida.


Desde a invenção de uma calculadora no século 16, ao protótipo de um helicóptero e um tanque de guerra, à criação da famosa Mona Lisa e a Última Ceia, a sua criatividade e genialdade são aclamadas até os dias de hoje.




Ana Ernesto 

segunda-feira, 30 de abril de 2012

30 de Abril


Hoje é o aniversário da morte de Hitler.
Há 67 anos atrás, Adolf Hitler, líder Alemão, suicidou-se juntamente com a sua mulher Eva Braun.
Adolf Hitler nasceu em 1889 na Áustria-Hungria. Com três anos foi morar para a Alemanha onde acabou por viver o resto da sua vida.
Depois de diversos percalços ao longo da sua vida, como ser expulso da escola por mau comportamento ou não ser capaz de entrar na Escola de Belas Artes de Viena, Adolf Hitler foi para a política. Juntamente com Drexler, formaram o partido NSDAP que acabou por subir ao poder em 1933.
Em 1939 a Segunda Guerra Mundial começou. A Alemanha era extremamente poderosa, mas em cinco anos, os Aliados conseguiram controlar os avanços Alemães.
Por volta de 1944, Hitler apercebeu-se que iria perder a guerra porém so o disse em voz alta a 22 de Abril de 1945 numa conferência Militar. Aqui admitiu que a guerra estava perdida e que iria ficar em Berlim até ao seu fim oficial. Nessa altura, planeava suicidar-se.
Então em 29 de Abril de 1945, Adolf Hitler casou-se com Eva Braun e poucas horas depois escreveu o seu testamento. Nesse mesmo dia soube do assassinato do líder Russo, Mussolini. Não querendo sofrer o mesmo fim, optou por acabar com a sua própria vida.
A Segunda Guerra Mundial não tinha sido, obviamente, simpática para a Alemanha. Morreram milhões de pessoas, o território ficou destruído e os Aliados dividiram o país em secções tomando conta das diversas partes. 
Apenas em 1990 a Alemanha ficou um país uno e com soberania do seu território.
Hoje em dia, a Alemanha é a maior economia da Europa. Embora esteja a sofrer com a recessão, como a maioria dos países, acredita-se que a economia Alemã vá melhorar ainda este ano, mostrando assim que este país tem uma enorme capacidade de regeneração.

Adriana Santos