Martin Luther King
I
have a dream
“Eu
tenho um sonho” foi o discurso mais marcante de Martin Luther King Jr, na
sequência da marcha de Washington, a 28 de Agosto de 1963. Esta expressão imortalizou-se
e é uma das principais marcas do activista, pacifista, que defendeu a igualdade
racial e que lutou até ao fim pelos direitos dos negros.
Hoje
é dia 4 de Abril de 2012. Há 44 anos atrás, Martin Luther King Jr. foi
assassinado com uma bala no pescoço. Com apenas 39 anos de idade, e 12 anos de pregação,
King viveu como sendo um rebelde para muitos, mas um herói para tantos outros.
Vencedor
de um Prémio Nobel da Paz e de mais de 300 condecorações, Luther King esteve
preso três vezes e foi alvo de vários atentados. Durante todo o processo de
luta, várias foram as perdas humanas, nomeadamente de vários apoiantes de Luther
King, que viram a sua vida acabar em nome de uma causa.
O
movimento que tinha como objectivo a institucionalização dos direitos civis dos
negros teve como ponto auge os anos 60, altura em que a atenção mundial se
virou para a causa afroamericana e altura em que conquistas como a lei dos
direitos civis de 1964, ou a lei dos direitos de voto em 1965, asseguraram o
direito ao voto universal e o fim da exclusão racial em espaços públicos.
Os
Ku Klux Klan são organizações
racistas, defensoras da supremacia branca e do protestantismo, em detrimento
dos negros, judeus, etc. Apesar de a sua existência já contar com dois séculos
de história, foi difícil resistir à vaga de manifestações e marchas que
ocorreram por todos os EUA durante os anos 60. Martin Luther King teve um papel
essencial nesta demanda, conseguindo apoiantes para as suas causas em todos os
estados.
Actualmente
este género de organizações conta com um número muito reduzido de apoiantes e
membros. Uma das maiores provas do sucesso da “batalha” de Luther King e de
tantos outros, foi a vitória de Barack Obama, actual presidente
norte-americano, nas eleições de 2008.
Obama
venceu com uma maioria absoluta de 52,9% por parte do voto popular, tendo
conseguido a vitória em 28 dos 50 estados, conquistando também a capital do
país, Washington D.C. Tal como Martin Luther King, o ex-senador do Illinois
venceu o Prémio Nobel da Paz em 2009, e tal como Martin Luther King, o
presidente norte-americano é negro.
A
presença de Barack Obama na Casa Branca é o símbolo da vitória da demanda de Luther
King, mas, para além disso, é o expoente máximo da vitória de uma minoria
oprimida e renegada ao longo de dezenas de gerações.
Martin
Luther King morreu, faz hoje exactamente 44 anos. Martin Luther King morreu
para que 44 anos depois, Barack Obama, o primeiro presidente afroamericano,
pudesse estar à frente de uma das principais potências mundiais.
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